Para que a História dos 500 anos passados não se repita não seja: "cego", " surdo" e "mudo". Autora do Blog: Professora Sueli Racanelli da Silva, Mestra/Letras, Coordenadora Pedagógica da Escola Orlando. Administrador do Blog: Jorge Silva/Educação Física, Funcionário Público Estadual/Radialista.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Após mostrar dedo do meio a manifestantes, Queiroga recebe diagnóstico de Covid em New York.

 

Ministro da Saúde/Marcelo Queiroga.


NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu diagnóstico positivo para Covid-19 nesta terça-feira (21) durante viagem a Nova York para acompanhar a Assembleia-Geral da ONU. Foi a segunda contaminação confirmada na comitiva que acompanha o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no país.

Queiroga não embarcou junto com a delegação que já retornou ao Brasil nesta terça. Ele deveria acompanhar a comitiva presidencial, mas ficou em Nova York, cumprindo isolamento.

Queiroga estava hospedado no mesmo hotel que Bolsonaro. Ele esteve em vários eventos ao lado do presidente, como o jantar na noite de segunda que terminou em princípio de confusão. Na ocasião, o ministro mostrou o dedo do meio a ativistas que protestavam contra o governo.

Ele também foi ao memorial do World Trade Center, na tarde desta terça. Ali houve aglomeração em torno do presidente, que foi cercado por alguns turistas. O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, esteve ao lado de Queiroga em vários eventos e também na van que os trouxe de volta do jantar de segunda (20). França se encontrou com o secretário de Estado dos EUA nesta terça de tarde. Ele ficaria mais alguns dias nos EUA, para mais reuniões bilaterais. A princípio, estas reuniões estão mantidas.

O aviso da contaminação foi enviado a diplomatas da Missão do Brasil na ONU. Os funcionários que permaneceram em Nova York entrarão em isolamento nos próximos dias e não acompanharão presencialmente os debates do evento, que continuam nesta quarta (22).

Queiroga já recebeu a vacina contra o coronavírus e inclusive aplicou doses em políticos como o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente, e colegas como o ministro Marcos Pontes (CIência e Tecnologia) e Tarcisio Freitas (Infraestrutura). Também cobrou Jair Bolsonaro, em uma live, que se imunizasse.

No sábado (18), um primeiro caso na comitiva brasileira foi confirmado. O funcionário, que trabalha no cerimonial da Presidência, tinha saído do Brasil havia cerca de dez dias para ajudar a planejar a logística da viagem. Ele se sentiu mal na última sexta-feira (17) e teve o diagnóstico de Covid confirmado no dia seguinte, véspera da chegada do presidente Bolsonaro aos EUA.

Não ficou claro em quantas reuniões o funcionário infectado esteve nem se ele foi à sede da entidade nos dias anteriores. Pelo status que tem no governo, tudo indica que ele estava hospedado no mesmo hotel utilizado por Bolsonaro e sua comitiva.

Depois que a contaminação foi confirmada, a pessoa foi isolada e ficará 14 dias em quarentena antes de voltar ao Brasil. Procurada pela reportagem na manhã desta segunda-feira (20), a assessoria de imprensa da Presidência disse desconhecer desse primeiro caso.

Bolsonaro discursou na Assembleia-Geral nesta terça. Entre os temas abordados estava a pandemia de Covid-19, e o presidente --que diz não ter se vacinado-- se posicionou contra a exigência de passe sanitário. Durante sua estadia em Nova York, ele se esquivou de entrar em restaurantes, já que a imunização é obrigatória para frequentar esses locais na cidade americana. Para isso, comeu pizza na calçada, e uma churrascaria brasileira fez um 'puxadinho' para recebê-lo.

A ONU chegou a distribuir uma carta com orientações da cidade de Nova York sobre a necessidade de imunização para participar de eventos em locais fechados, o que incluía a sede da Assembleia-Geral. No entanto, após críticas da Rússia, a entidade mudou de posicionamento.

O secretário-geral do órgão, o português António Guterres, disse que não teria como impedir líderes estrangeiros não imunizados de irem ao encontro, e a decisão foi formalizada na quinta (16). Se tivesse sido mantida, a regra poderia ter impossibilitado a entrada de Bolsonaro.

Ainda que não tenha vetado a presença de não vacinados, a ONU estabeleceu uma série de protocolos para prevenir a disseminação do vírus no evento, entre as quais distanciamento social e restrição de público: podem comparecer apenas funcionários da entidade e jornalistas que já trabalham no quartel-general da entidade e possuem um escritório ali. Não há plateia, e cada líder estrangeiro pôde levar uma delegação de seis pessoas às dependências, quatro das quais ao salão da assembleia.

O uso de máscara é exigido o tempo todo, exceto enquanto a pessoa estiver falando em reuniões. A higienização do púlpito onde se pronunciam os líderes também é vista com frequência.

Ao chegar ao evento, os participantes precisam atestar que não tiveram sintomas ou diagnóstico de Covid nos últimos 14 dias nem contato com pessoas que tiveram a doença. E, caso apresentem algum sintoma durante o evento, a orientação é que deixem de comparecer presencialmente.

Os protocolos adotados pela ONU são mais brandos do que os das Olimpíadas de Tóquio, que mantiveram os atletas em uma espécie de bolha e exigiram que tanto eles quanto os jornalistas cumprissem um período de isolamento anterior ao evento.

Fonte: Após mostrar dedo do meio a manifestantes, Queiroga recebe diagnóstico de Covid em NY (msn.com)

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Covid-19 atinge mais de mil alunos no primeiro mês de volta às aulas em SP

WILSON DE SÁ - 1 hora atrás

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As escolas estaduais de São Paulo registraram 1.748 de casos prováveis de coronavírus no sistema educacional, entre os dias 2 e 31 de agosto. Desse total, 1.040 são de contágio de alunos no período.

Outros 651 funcionários e mais 57 trabalhadores terceirizados também foram contaminados, segundo dados do Simed (Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para a Covid-19) criado pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.

No total, foram 4.519 notificações de novos casos de Covid-19 no estado, sendo que 1.541 foram descartados; 69 foram considerados inconclusivos; e outros 1.161 ainda estão em investigação.

O estado possui 3,5 milhões de alunos apenas na rede estadual. Questionada, a prefeitura de São Paulo não divulgou o número de casos de nas escolas municipais. Em nota, disse apenas que a Secretaria Municipal de Educação segue as recomendações das autoridades de Saúde.

Na capital, estão matriculados 1.480.257 de alunos. Cerca de 675.9 mil estudantes estão na rede municipal, 565.8 mil, na estadual e 238,4 mil na rede privada.

Também em nota, a secretaria estadual disse que que as informações das escolas estaduais são apenas notificações e que a classificação final sobre um determinado caso cabe à Saúde.

A pasta disse ainda que o retorno presencial para as escolas está ocorrendo desde setembro do ano passado e que a decisão para essa retomada está embasada em experiências internacionais e em pesquisas que evidenciam que, seguindo os protocolos sanitários, é possível ter aulas presenciais com segurança.

Ainda de acordo com a nota, a a pasta disse que as escolas estaduais já receberam R$ 25 milhões em verba do Programa Dinheiro Direto na Escola para aquisição dos itens de proteção como máscaras.

O médico infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo João Prats disse que não vê problemas em voltar com as aulas presenciais tanto nos ensinos fundamental e médio, como em creches. "Realmente pode ter risco de novos casos, mas é bem pequeno", ressaltou.

Segundo Prats, crianças e adolescentes dificilmente pegam Covid e quando acontece geralmente é de casos leves, a não ser que já tenham alguma comorbidade. "No entanto, caso sejam infectadas, elas podem não desenvolver a forma grave, mas podem passar o vírus para os pais e avós", lembrou.

Para evitar contágios, Prats disse que o melhor a fazer e manter o controle e os protocolos rígidos. Ele sugeriu também que se faça triagem para identificar alguém com problema e testes rápidos em suspeitos de contaminação. "É importante também que os pais sejam os primeiros a identificar se há problemas com a criança e em caso de dúvida não mandar para escola", enfatizou

Outra medida para evitar novos contágios é criar cuidados específicos nas aulas, com grupos pequenos no momento de recreação e de alimentação. "A volta às aulas não é um problema, mas tem de redobrar a atenção para qualquer faixa etária", disse. "Agora é o momento de identificar rápido quem está doente, isolar e cuidar", finalizou.

Fonte: Covid-19 atinge mais de mil alunos no primeiro mês de volta às aulas em SP (msn.com)