WILSON DE SÁ - 1 hora atrás
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As escolas estaduais de São
Paulo registraram 1.748 de casos prováveis de coronavírus no sistema
educacional, entre os dias 2 e 31 de agosto. Desse total, 1.040 são de contágio
de alunos no período.
Outros 651 funcionários e mais 57 trabalhadores
terceirizados também foram contaminados, segundo dados do Simed (Sistema de
Informação e Monitoramento da Educação para a Covid-19) criado pela Secretaria
de Estado da Educação de São Paulo.
No total, foram 4.519 notificações de novos casos de
Covid-19 no estado, sendo que 1.541 foram descartados; 69 foram considerados
inconclusivos; e outros 1.161 ainda estão em investigação.
O estado possui 3,5 milhões de alunos apenas na rede
estadual. Questionada, a prefeitura de São Paulo não divulgou o número de casos
de nas escolas municipais. Em nota, disse apenas que a Secretaria Municipal de
Educação segue as recomendações das autoridades de Saúde.
Na capital, estão matriculados 1.480.257 de alunos. Cerca de
675.9 mil estudantes estão na rede municipal, 565.8 mil, na estadual e 238,4
mil na rede privada.
Também em nota, a secretaria estadual disse que que as
informações das escolas estaduais são apenas notificações e que a classificação
final sobre um determinado caso cabe à Saúde.
A pasta disse ainda que o retorno presencial para as escolas
está ocorrendo desde setembro do ano passado e que a decisão para essa retomada
está embasada em experiências internacionais e em pesquisas que evidenciam que,
seguindo os protocolos sanitários, é possível ter aulas presenciais com
segurança.
Ainda de acordo com a nota, a a pasta disse que as escolas
estaduais já receberam R$ 25 milhões em verba do Programa Dinheiro Direto na
Escola para aquisição dos itens de proteção como máscaras.
O médico infectologista da Beneficência Portuguesa de São
Paulo João Prats disse que não vê problemas em voltar com as aulas presenciais
tanto nos ensinos fundamental e médio, como em creches. "Realmente pode
ter risco de novos casos, mas é bem pequeno", ressaltou.
Segundo Prats, crianças e adolescentes dificilmente pegam
Covid e quando acontece geralmente é de casos leves, a não ser que já tenham
alguma comorbidade. "No entanto, caso sejam infectadas, elas podem não
desenvolver a forma grave, mas podem passar o vírus para os pais e avós",
lembrou.
Para evitar contágios, Prats disse que o melhor a fazer e
manter o controle e os protocolos rígidos. Ele sugeriu também que se faça
triagem para identificar alguém com problema e testes rápidos em suspeitos de
contaminação. "É importante também que os pais sejam os primeiros a
identificar se há problemas com a criança e em caso de dúvida não mandar para
escola", enfatizou
Outra medida para evitar novos contágios é criar cuidados
específicos nas aulas, com grupos pequenos no momento de recreação e de
alimentação. "A volta às aulas não é um problema, mas tem de redobrar a
atenção para qualquer faixa etária", disse. "Agora é o momento de
identificar rápido quem está doente, isolar e cuidar", finalizou.
Fonte: Covid-19 atinge mais de mil alunos no primeiro mês de volta às aulas em SP (msn.com)
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